quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Breve história sobre Lingerie _ Parte II


Com o início da Primeira Guerra Mundial, a mulher teve de trabalhar nas fábricas. Isso fez com ela precisasse de um novo tipo de lingerie que lhe permitisse movimentação. Por isso, o espartilho foi substituído pela cinta. Como no caso do soutien ,  as cuecas começam a ganhar os contornos das que conhecemos hoje. Quanto mais a mulher ganhava espaço na sociedade, mais a cueca diminuia.
Nos anos 20, as roupas íntimas eram formadas por um conjunto de cintas, saiotes, cuecas, combinações e espartilhos mais flexíveis. E a lingerie passou a ter outras cores, além do tradicional branco. 
O sutiã era feito com dois triângulos de crepe, jérsei ou cambraia, presos em um elástico que passava sobre os ombros e cruzava as costas. A sua função era achatar o busto. Em 1935, surge o primeiro modelo com bojos e pespontos circulares, pois nesse período o desejo feminino já era outro: ter seios empinados.




Em 1923, a palavra “soutien-gorge” aparece pela primeira vez nos dicionários franceses. A partir de 1926, o conceito moderno de sutiã se define com mais precisão. Os fabricantes buscam produzir modelos que se ajustam às formas femininas com naturalidade. 
Um acessório sensual muito usado na década de 20 foi a cinta-liga, criada para segurar as meias 7/8. Dançarinas do Charleston exibiam suas cintas-ligas por baixo das saias de franjas, enquanto se sacudiam ao som frenético das jazz-bands. 




    Ainda nos anos 30, a cinta-liga era o único acessório disponível para prender as meias das mulheres, que só tiveram as meias-calças à sua disposição a partir da década de 40, com a invenção do nailon em 1935.
             Em 1930, a Dunlop Company inventou um fio elástico muito fino, o látex. A roupa de baixo passou a ser fabricada em modelagens que respeitavam ainda mais a diversidade dos corpos femininos. E ,a partir de 1938, a Du Pont de Nemours anunciou a descoberta do nailon. E as lingeries coloridas, finalmente, tornam-se bem populares. Mas em 1939, com o início da Segunda Guerra Mundial, o nailon saiu do sector de lingerie e foi para as fábricas de pára-quedas.



Em 1940, a Segunda Guerra Mundial já havia começado na Europa. A cidade de Paris, ocupada pelos alemães em junho do mesmo ano, já não contava com todos os grandes nomes da alta-costura e suas maisons. Muitos estilistas haviam-se mudado, fecharam as suas casas ou levaram as mesmas para outros países.
A Alemanha ainda tentou destruir a indústria francesa de costura, levando as maisons parisienses para Berlim e Viena, mas não teve êxito. O estilista francês Lucien Lelong, então presidente da câmara sindical, teve um papel importante nesse período ao preparar um relatório defendendo a permanência das maisons no país. Durante a guerra, 92 atelies continuaram abertos em Paris.

Apesar das regras de racionamento, impostas pelo governo, que também limitava a quantidade de tecidos que se podia comprar e utilizar na fabricação das roupas, a moda sobreviveu à guerra. 

Com o final da Segunda Guerra Mundial, o New Look do costureiro Dior, lançado em 1947, propunha a volta da elegância e dos volumes perdidos durante o período da guerra. Para acompanhar a nova silhueta proposta pelo costureiro, a lingerie precisava deixar o busto bem delineado e a cintura marcadíssima. Surgiram os sutiãs que deixavam os seios empinados e as cintas que escondiam a barriga e modelavam a cintura.


Data de 1950 a invenção da lycra, o “fio mágico”. Adeus pinças, recortes, fechos e colchetes: a lycra pode se associar a materiais mais finos como seda, tule e renda, ajustando-os perfeitamente às curvas do corpo.   Nesta época, o estilo pin-up de Jane Russell, Sophia Loren e Anita Ekberg estrelavam as fantasias masculinas
O náilon deixou as peças mais leves, mas a vedeta da época era o sutiã very secret, de 1952. Feito com duas almofadas de ar finas, fazia o efeito de seios globo, tão sonhado pelas mulheres. Pela primeira vez, a francesa Les Trois Suisses publica um catálogo inteiramente dedicado à lingerie. Outro modelo de sucesso foi o sutiã peito-de-pombo, cujo corte aproximava e levantava os seios.
 Em 1955, a lingerie fina conquista espaço na moda, com novos modelos e renda preta de náilon, linho, seda e até tule.
















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